E no sábado lá vou eu :p mais uma corrida,mais uma viagem,lol!
Depois meto aqui umas fotos da Madeira.
Alguem quer autografos do Alberto João?
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Gripe Suina
Os Simpsons já previam o que está a acontecer. Talvez se perguntassem à bébé simpson ela tenha a solução!ela soluciona sempre tudo. Deixando as brincadeiras de lado...a coisa está preta para o lado dos porquinhos. Elevaram a gripe suina do momento para o Grau 5. Já é considerada Pandemia.
Na Venezuela os actores das telenovelas estão proibidos de dar beijos e de contactos físicos. Ora esta!
Dia Mundial da Dança
Ando sempre atrasada...bem, ontem foi Dia Mundial da Dança. Tenho tantas saudades de dançar.
A dança é uma das três principais artes cênicas da Antigüidade, ao lado do teatro e da música. Caracteriza-se pelo uso do corpo seguindo movimentos previamente estabelecidos (coreografia), ou improvisados (dança livre). Na maior parte dos casos, a dança, com passos cadenciados é acompanhada ao som e compasso de música e envolve a expressão de sentimentos potenciados por ela.A dança pode existir como manifestação artística ou como forma de divertimento e/ou cerimônia.
Será que um dias destes...com tempo podiamos juntar todas e irmos dançar a uma disco ou a qualquer lugar?sim???
A dança liberta o espírito e a mente=)
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Pensar o minimo no futuro...
O que eu tenho tentado fazer, e tem dado resultado visto que ainda não tive nenhuma depressão nem coisa do género, é viver um dia de cada vez e tentar pensar o mínimo no futuro. É que pensar no futuro significa preocupação, desalento e uma enorme vontade de voltar atrás. Pois, porque achamos sempre que antes é que éramos felizes e nem dávamos conta. Mas no antes também reclamávamos de tudo e fartávamos de tudo e tínhamos na mesma medo do futuro. Futuro esse que hoje já é passado.
Quando andávamos no 9º preocupávamo-nos com a área a seguir e que não podíamos com 14 anos escolher o que queremos ser no futuro e porque é que temos de escolher uma área, e não sei qual é a área que gosto mais e se depois não gosto e…ai apetecia-me voltar à primária. Depois no secundário: e porque temos que melhorar as notas e não temos média e os exames nacionais ui que medo e qual curso vou escolher e se não entro na universidade e se entro e ai que vontade de voltar ao ciclo.
Depois de sabermos que entrámos na universidade é a mudança total, é o estar por nossa conta, é estar na sala de aula e não conhecer ninguém, são os professores, são as cadeiras por fazer, são os 10 que não nos largam, as saudades das notas do secundário e ai não sei o que vai ser de mim. Passada a fase fixe da faculdade, aquela em que já tens um grupinho, as saídas, as jantaradas e tal, começamos a pensar no fim do curso, que temos mesmo que acabar, que já estamos fartas de estudar, de fazer trabalhos, de gastar dinheiro aos pais etc. E finalmente (e porque é a fase em que estamos) o emprego. Ai o emprego! E não sei fazer nada e não sei o que quero e o mais certo é não arranjar nada. Ai a crise. Ai tanta gente desempregada. Ai o meu futuro…
Eu, que ainda estou no comecinho do mundo do trabalho, ouço as minhas colegas mais velhas mas ainda na casa dos pais, com contratos a termo certo, dizerem: “ Ai queria comprar casa mas se não me renovam o contrato como é” “ Ai o meu carro já está velho, tenho medo de comprar outro e se depois não me renovam o contrato” “Ai queria sair da casa dos meus pais mas se depois fico sem trabalho como é que vai ser?!”. Também ouço as minhas colegas, já casadas e com casa, a dizerem: “Queria ter filhos mas a minha situação aqui não é estável, depois se não me renovam o contrato, como sustento a criança” “Só quero ter filhos quando tiver a vida mais organizada, não sei se me renovam o contrato, como é que vai ser?!”. As colegas que já estão no quadro, ganham relativamente bem e o mais provável é ficarem aqui até á reforma, ouço-as queixarem-se do salário, que não dá para nada, e os filhos que cada vez pedem mais coisas, e o filhos que não lhe dão sossego e como há-de ser o futuro deles com o mundo no estado em que está. E as que não têm filhos a queixarem-se da vida, que estão fartas de tudo, que lhes dói ali, e o mundo está perdido e onde é que isto vai parar.
Enfim. em todas as fases da nossa vida, seja qual for a situação em que estamos, pensamos no futuro e temos medo dele e temos medo de não fazer aquilo que planeámos (viajar, comprar carro, casa….). Por isso o melhor é viver o dia, viver o presente porque hoje estamos aqui e amanhã logo se vê.
Eu, que ainda estou no comecinho do mundo do trabalho, ouço as minhas colegas mais velhas mas ainda na casa dos pais, com contratos a termo certo, dizerem: “ Ai queria comprar casa mas se não me renovam o contrato como é” “ Ai o meu carro já está velho, tenho medo de comprar outro e se depois não me renovam o contrato” “Ai queria sair da casa dos meus pais mas se depois fico sem trabalho como é que vai ser?!”. Também ouço as minhas colegas, já casadas e com casa, a dizerem: “Queria ter filhos mas a minha situação aqui não é estável, depois se não me renovam o contrato, como sustento a criança” “Só quero ter filhos quando tiver a vida mais organizada, não sei se me renovam o contrato, como é que vai ser?!”. As colegas que já estão no quadro, ganham relativamente bem e o mais provável é ficarem aqui até á reforma, ouço-as queixarem-se do salário, que não dá para nada, e os filhos que cada vez pedem mais coisas, e o filhos que não lhe dão sossego e como há-de ser o futuro deles com o mundo no estado em que está. E as que não têm filhos a queixarem-se da vida, que estão fartas de tudo, que lhes dói ali, e o mundo está perdido e onde é que isto vai parar.
Enfim. em todas as fases da nossa vida, seja qual for a situação em que estamos, pensamos no futuro e temos medo dele e temos medo de não fazer aquilo que planeámos (viajar, comprar carro, casa….). Por isso o melhor é viver o dia, viver o presente porque hoje estamos aqui e amanhã logo se vê.
Jogo estúpido
http://caroli.na.mybrute.com
Entrem e sejam minha pupilas,lol!
Basicamente escolhem um nome pró boneco,escolhem o boneco e as cores e dps têm de combater.
A parte "gira" é que o boneco combate sem terem que fazer nada além de escolher o vosso oponente. Não se vão viciar porque,excepto o dia da inscrição, só podem fazer 3 combates.
baci
Entrem e sejam minha pupilas,lol!
Basicamente escolhem um nome pró boneco,escolhem o boneco e as cores e dps têm de combater.
A parte "gira" é que o boneco combate sem terem que fazer nada além de escolher o vosso oponente. Não se vão viciar porque,excepto o dia da inscrição, só podem fazer 3 combates.
baci
Sem cartão
Bem... continuo sem cartão,mas já o fui cancelar,já pedi outro e já fui pedir um provisório da faculdade pra poder entrar com o carro e fora de horas :)
Agora é esperar... mas prá madeira estou tranquila,tenho outro multibanco da msm conta,n há problema.
Agora é esperar... mas prá madeira estou tranquila,tenho outro multibanco da msm conta,n há problema.
terça-feira, 28 de abril de 2009
Balanço de mais um dia...
Mais um dia de merde se passou, hoje não fiz nada de especial, fui p´ra faculdade cada dia custa mais entrar numa sala de aula. O 5.º ano não é melhor nem pior, talvez não seja nem mais difícil nem mais fácil, mas seguramente, é o que cada aula custa mais a passar...o ano, numa perspectiva temporal até tem passado super rápido, mas cada momento dentro se uma sala de aula se transformou num momento de sacrifício. Os professores, a turma, a maior parte dos colegas (salvo umas excepções), a comida do bar, os pombos, as matérias....INSUPORTÀVEL, tudo-e-tudo-e-tudo...Ah, acho que estou a passar por uma crise de vocação (se é que tenho alguma...), interesses...
Bem, almocei na macrobiótica mas nem o almoço estava nada de espectacular hoje. Converseta vai, converseta vem, vim p'ra casa e vi um episódio das Donas de Casa Desesperadas bem fixe :), se apanharem o episódio do Eli S...qualquer coisa, o biscateiro lá de Wisteria Lane, vejam que é porreiro :)
Que vai ser do futuro?
O que é o futuro?
Que merde ser adulto...
Quem me dera ser criança...
Crescer é uma valente porcaria...
O que é o futuro?
Que merde ser adulto...
Quem me dera ser criança...
Crescer é uma valente porcaria...
Bem, almocei na macrobiótica mas nem o almoço estava nada de espectacular hoje. Converseta vai, converseta vem, vim p'ra casa e vi um episódio das Donas de Casa Desesperadas bem fixe :), se apanharem o episódio do Eli S...qualquer coisa, o biscateiro lá de Wisteria Lane, vejam que é porreiro :)
kisses and hugs sweeties
Desorientada
Epah,n sei o que se passa cmg,mas ando completamente esquecida de tudo. o mais ridiculo aconteceu-me hoje,fui ao ginasio e à saida levantei dinheiro,guardei o dinheiro no bolso (tinha a mala no carro) e quando cheguei ao carro... Cadê o cartão multibanco???
Fiz o caminho mais duas vezes,fui outra vez à caixa onde tinha estado e não estava lá,procurei dentro do carro,debaixo do carro,dentro das malas... ainda n o achei!
Fiz o caminho mais duas vezes,fui outra vez à caixa onde tinha estado e não estava lá,procurei dentro do carro,debaixo do carro,dentro das malas... ainda n o achei!
Hoje deparei-me com esta noticia do JN
Clube das Virgens ainda sem sócias.
A fundadora tem 26 anos, orgulha-se de ser virgem e querer continuar e sê-lo (...)
Não vejo qualquer mal em ser-se virgem. As mulheres virgens não são menos mulheres por serem virgens mas eu acredito que ninguém é virgem porque quer (só as freiras e vai daí muitas nem são...). Ou ainda não se porpocionou o momento ou ainda não apareceu a pessoa certa ou por outro motivo qualquer mas por vontade própria não acredito. E deve ser por isso que este clube ainda não tem sócias. Ninguém se vai inscrever num clube do qual quer sair assim que a coisa se proporcione.
O que me faz espécie, para além deste tipo de clube, é a fundadora do mesmo ser nova e não querer desfrutar deste prazer da vida. Enfim...
Sugestão de filme
O pesadelo de Darwin
(un petit petit peu do que não convém mostrar nos mídia)
O pesadelo de Darwin
(un petit petit peu do que não convém mostrar nos mídia)
Sinópse
As margens do maior lago tropical do mundo, considerado como o berço da Humanidade, são hoje o palco do pior pesadelo da globalização.
Na Tanzânia, nos anos 60, a Perca do Nilo, um predador voraz, foi introduzida no lago Vitória, como experiência científica. Depois, praticamente todas as populações de peixes indígenas foram dizimadas. Desta catástrofe ecológica nasceu uma indústria frutuosa, pois a carne branca do enorme peixe é exportada com sucesso em todo o hemisfério norte.
Pescadores, políticos, pilotos russos, prostitutas, industriais e comissários europeus são os actores de um drama que ultrapassa as fronteiras do país africano. No céu, enormes aviões de carga da ex-União Soviética formam um ballet incessante, abrindo a porta a outro tipo de comércio: a compra e venda de armas. "O Pesadelo de Darwin", realizado por Hubert Sauper, ganhou o Prémio de Melhor Documentário nos Prémios Europeus do Cinema e foi ainda premiado nos festivais de Veneza, Belfort, Copenhaga, Montréal, Paris, Chicago, Salónica, Oslo, México, Angers.
Na Tanzânia, nos anos 60, a Perca do Nilo, um predador voraz, foi introduzida no lago Vitória, como experiência científica. Depois, praticamente todas as populações de peixes indígenas foram dizimadas. Desta catástrofe ecológica nasceu uma indústria frutuosa, pois a carne branca do enorme peixe é exportada com sucesso em todo o hemisfério norte.
Pescadores, políticos, pilotos russos, prostitutas, industriais e comissários europeus são os actores de um drama que ultrapassa as fronteiras do país africano. No céu, enormes aviões de carga da ex-União Soviética formam um ballet incessante, abrindo a porta a outro tipo de comércio: a compra e venda de armas. "O Pesadelo de Darwin", realizado por Hubert Sauper, ganhou o Prémio de Melhor Documentário nos Prémios Europeus do Cinema e foi ainda premiado nos festivais de Veneza, Belfort, Copenhaga, Montréal, Paris, Chicago, Salónica, Oslo, México, Angers.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Síncope
Nunca me tinha acontecido, mas este sábado aconteceu! Quase. Estava bem e, de repente, zás-trás...tontura, falta de equílibrio, deixei de ver, perdi a consciência...ele foi uma cegueira branca (o Saramago deve ter desmaiado e depois veio-lhe a inspiração!)...até que a Caro_li lá me sentou no chão, à chuva e pronto o sangue retomou o seu percurso normal e a consciência lá voltou. Viva aos pacotinhos de açúcar que a Caro_li tem sempre e pronto!Nota Mental (como diria a Caro_li) ou P.S. (como eu digo): Desmaiar não é fixe.
Nova marca de P...
Após tanta polémica em torno das declarações do Papa Ratzinger que defende que o preservativo não evita a propagação da SIDA lembraram-se de inventar uma nova marca de preservativos. Ora vejam:
Inventam com cada uma...
Cuidado!
Gripe suína já chegou à Europa...não admira...e, com a cambada de porcos que há em Portugal não tarda estamos em risco.
Finalmente cá está ele...
"Sweet Surrender" Season 5, Episode 520
Já está sacadinho e prontinho para ser visto logo a noite.
eh eh
domingo, 26 de abril de 2009
sábado, 25 de abril de 2009
As portas que Abril abriu
Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais infeliz
dos povos à beira-terra.
Onde entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo se debruçava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.
Era uma vez um país
onde o pão era contado
onde quem tinha a raiz
tinha o fruto arrecadado
onde quem tinha o dinheiro
tinha o operário algemado
onde suava o ceifeiro
que dormia com o gado
onde tossia o mineiro
em Aljustrel ajustado
onde morria primeiro
quem nascia desgraçado.
Era uma vez um país
de tal maneira explorado
pelos consórcios fabris
pelo mando acumulado
pelas ideias nazis
pelo dinheiro estragado
pelo dobrar da cerviz
pelo trabalho amarrado
que até hoje já se diz
que nos tempos do passado
se chamava esse país
Portugal suicidado.
Ali nas vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
vivia um povo tão pobre
que partia para a guerra
para encher quem estava podre
de comer a sua terra.
Um povo que era levado
para Angola nos porões
um povo que era tratado
como a arma dos patrões
um povo que era obrigado
a matar por suas mãos
sem saber que um bom soldado
nunca fere os seus irmãos.
Ora passou-se porém
que dentro de um povo escravo
alguém que lhe queria bem
um dia plantou um cravo.
Era a semente da esperança
feita de força e vontade
era ainda uma criança
mas já era a liberdade.
Era já uma promessa
era a força da razão
do coração à cabeça
da cabeça ao coração.
Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
Esses que tinham lutado
a defender um irmão
esses que tinham passado
o horror da solidão
esses que tinham jurado
sobre uma côdea de pão
ver o povo libertado
do terror da opressão.
Não tinham armas é certo
mas tinham toda a razão
quando um homem morre perto
tem de haver distanciação
uma pistola guardada
nas dobras da sua opção
uma bala disparada
contra a sua própria mão
e uma força perseguida
que na escolha do mais forte
faz com que a força da vida
seja maior do que a morte.
Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
Posta a semente do cravo
começou a floração
do capitão ao soldado
do soldado ao capitão.
Foi então que o povo armado
percebeu qual a razão
porque o povo despojado
lhe punha as armas na mão.
Pois também ele humilhado
em sua própria grandeza
era soldado forçado
contra a pátria portuguesa.
Era preso e exilado
e no seu próprio país
muitas vezes estrangulado
pelos generais senis.
Capitão que não comanda
não pode ficar calado
é o povo que lhe manda
ser capitão revoltado
é o povo que lhe diz
que não ceda e não hesite
– pode nascer um país
do ventre duma chaimite.
Porque a força bem empregue
contra a posição contrária
nunca oprime nem persegue
– é força revolucionária!
Foi então que Abril abriu
as portas da claridade
e a nossa gente invadiu
a sua própria cidade.
Disse a primeira palavra
na madrugada serena
um poeta que cantava
o povo é quem mais ordena.
E então por vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
desceram homens sem medo
marujos soldados «páras»
que não queriam o degredo
dum povo que se separa.
E chegaram à cidade
onde os monstros se acoitavam
era a hora da verdade
para as hienas que mandavam
a hora da claridade
para os sóis que despontavam
e a hora da vontade
para os homens que lutavam.
Em idas vindas esperas
encontros esquinas e praças
não se pouparam as feras
arrancaram-se as mordaças
e o povo saiu à rua
com sete pedras na mão
e uma pedra de lua
no lugar do coração.
Dizia soldado amigo
meu camarada e irmão
este povo está contigo
nascemos do mesmo chão
trazemos a mesma chama
temos a mesma ração
dormimos na mesma cama
comendo do mesmo pão.
Camarada e meu amigo
soldadinho ou capitão
este povo está contigo
a malta dá-te razão.
Foi esta força sem tiros
de antes quebrar que torcer
esta ausência de suspiros
esta fúria de viver
este mar de vozes livres
sempre a crescer a crescer
que das espingardas fez livros
para aprendermos a ler
que dos canhões fez enxadas
para lavrarmos a terra
e das balas disparadas
apenas o fim da guerra.
Foi esta força viril
de antes quebrar que torcer
que em vinte e cinco de Abril
fez Portugal renascer.
E em Lisboa capital
dos novos mestres de Aviz
o povo de Portugal
deu o poder a quem quis.
Mesmo que tenha passado
às vezes por mãos estranhas
o poder que ali foi dado
saiu das nossas entranhas.
Saiu das vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
onde um povo se curvava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe.
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu.
Essas portas que em Caxias
se escancararam de vez
essas janelas vazias
que se encheram outra vez
e essas celas tão frias
tão cheias de sordidez
que espreitavam como espias
todo o povo português.
Agora que já floriu
a esperança na nossa terra
as portas que Abril abriu
nunca mais ninguém as cerra.
Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo do mês de Junho.
Quando o povo desfilou
nas ruas em procissão
de novo se processou
a própria revolução.
Mas eram olhos as balas
abraços punhais e lanças
enamoradas as alas
dos soldados e crianças.
E o grito que foi ouvido
tantas vezes repetido
dizia que o povo unido
jamais seria vencido.
Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo do mês de Junho.
E então operários mineiros
pescadores e ganhões
marçanos e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
souberam que o seu dinheiro
era presa dos patrões.
A seu lado também estavam
jornalistas que escreviam
actores que se desdobravam
cientistas que aprendiam
poetas que estrebuchavam
cantores que não se vendiam
mas enquanto estes lutavam
é certo que não sentiam
a fome com que apertavam
os cintos dos que os ouviam.
Porém cantar é ternura
escrever constrói liberdade
e não há coisa mais pura
do que dizer a verdade.
E uns e outros irmanados
na mesma luta de ideais
ambos sectores explorados
ficaram partes iguais.
Entanto não descansavam
entre pragas e perjúrios
agulhas que se espetavam
silêncios boatos murmúrios
risinhos que se calavam
palácios contra tugúrios
fortunas que levantavam
promessas de maus augúrios
os que em vida se enterravam
por serem falsos e espúrios
maiorais da minoria
que diziam silenciosa
e que em silêncio fazia
a coisa mais horrorosa:
minar como um sinapismo
e com ordenados régios
o alvor do socialismo
e o fim dos privilégios.
Foi então se bem vos lembro
que sucedeu a vindima
quando pisámos Setembro
a verdade veio acima.
E foi um mosto tão forte
que sabia tanto a Abril
que nem o medo da morte
nos fez voltar ao redil.
Ali ficámos de pé
juntos soldados e povo
para mostrarmos como é
que se faz um país novo.
Ali dissemos não passa!
E a reacção não passou.
Quem já viveu a desgraça
odeia a quem desgraçou.
Foi a força do Outono
mais forte que a Primavera
que trouxe os homens sem dono
de que o povo estava à espera.
Foi a força dos mineiros
pescadores e ganhões
operários e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
que deu o poder cimeiro
a quem não queria patrões.
Desde esse dia em que todos
nós repartimos o pão
é que acabaram os bodos
— cumpriu-se a revolução.
Porém em quintas vivendas
palácios e palacetes
os generais com prebendas
caciques e cacetetes
os que montavam cavalos
para caçarem veados
os que davam dois estalos
na cara dos empregados
os que tinham bons amigos
no consórcio dos sabões
e coçavam os umbigos
como quem coça os galões
os generais subalternos
que aceitavam os patrões
os generais inimigos
os generais garanhões
teciam teias de aranha
e eram mais camaleões
que a lombriga que se amanha
com os próprios cagalhões.
Com generais desta apanha
já não há revoluções.
Por isso o onze de Março
foi um baile de Tartufos
uma alternância de terços
entre ricaços e bufos.
E tivemos de pagar
com o sangue de um soldado
o preço de já não estar
Portugal suicidado.
Fugiram como cobardes
e para terras de Espanha
os que faziam alardes
dos combates em campanha.
E aqui ficaram de pé
capitães de pedra e cal
os homens que na Guiné
aprenderam Portugal.
Os tais homens que sentiram
que um animal racional
opõe àqueles que o firam
consciência nacional.
Os tais homens que souberam
fazer a revolução
porque na guerra entenderam
o que era a libertação.
Os que viram claramente
e com os cinco sentidos
morrer tanta tanta gente
que todos ficaram vivos.
Os tais homens feitos de aço
temperado com a tristeza
que envolveram num abraço
toda a história portuguesa.
Essa história tão bonita
e depois tão maltratada
por quem herdou a desdita
da história colonizada.
Dai ao povo o que é do povo
pois o mar não tem patrões.
– Não havia estado novo
nos poemas de Camões!
Havia sim a lonjura
e uma vela desfraldada
para levar a ternura
à distância imaginada.
Foi este lado da história
que os capitães descobriram
que ficará na memória
das naus que de Abril partiram
das naves que transportaram
o nosso abraço profundo
aos povos que agora deram
novos países ao mundo.
Por saberem como é
ficaram de pedra e cal
capitães que na Guiné
descobriram Portugal.
E em sua pátria fizeram
o que deviam fazer:
ao seu povo devolveram
o que o povo tinha a haver:
Bancos seguros petróleos
que ficarão a render
ao invés dos monopólios
para o trabalho crescer.
Guindastes portos navios
e outras coisas para erguer
antenas centrais e fios
dum país que vai nascer.
Mesmo que seja com frio
é preciso é aquecer
pensar que somos um rio
que vai dar onde quiser
pensar que somos um mar
que nunca mais tem fronteiras
e havemos de navegar
de muitíssimas maneiras.
No Minho com pés de linho
no Alentejo com pão
no Ribatejo com vinho
na Beira com requeijão
e trocando agora as voltas
ao vira da produção
no Alentejo bolotas
no Algarve maçapão
vindimas no Alto Douro
tomates em Azeitão
azeite da cor do ouro
que é verde ao pé do Fundão
e fica amarelo puro
nos campos do Baleizão.
Quando a terra for do povo
o povo deita-lhe a mão!
É isto a reforma agrária
em sua própria expressão:
a maneira mais primária
de que nós temos um quinhão
da semente proletária
da nossa revolução.
Quem a fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
um menino que sorriu
uma porta que se abrisse
um fruto que se expandiu
um pão que se repartisse
um capitão que seguiu
o que a história lhe predisse
e entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo que levantava
sobre um rio de pobreza
a bandeira em que ondulava
a sua própria grandeza!
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
e só nos faltava agora
que este Abril não se cumprisse.
Só nos faltava que os cães
viessem ferrar o dente
na carne dos capitães
que se arriscaram na frente.
Na frente de todos nós
povo soberano e total
que ao mesmo tempo é a voz
e o braço de Portugal.
Ouvi banqueiros fascistas
agiotas do lazer
latifundiários machistas
balofos verbos de encher
e outras coisas em istas
que não cabe dizer aqui
que aos capitães progressistas
o povo deu o poder!
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe!
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu!
Ary dos Santos (Poeta português, 1937-1984)
vivia o mais infeliz
dos povos à beira-terra.
Onde entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo se debruçava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.
Era uma vez um país
onde o pão era contado
onde quem tinha a raiz
tinha o fruto arrecadado
onde quem tinha o dinheiro
tinha o operário algemado
onde suava o ceifeiro
que dormia com o gado
onde tossia o mineiro
em Aljustrel ajustado
onde morria primeiro
quem nascia desgraçado.
Era uma vez um país
de tal maneira explorado
pelos consórcios fabris
pelo mando acumulado
pelas ideias nazis
pelo dinheiro estragado
pelo dobrar da cerviz
pelo trabalho amarrado
que até hoje já se diz
que nos tempos do passado
se chamava esse país
Portugal suicidado.
Ali nas vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
vivia um povo tão pobre
que partia para a guerra
para encher quem estava podre
de comer a sua terra.
Um povo que era levado
para Angola nos porões
um povo que era tratado
como a arma dos patrões
um povo que era obrigado
a matar por suas mãos
sem saber que um bom soldado
nunca fere os seus irmãos.
Ora passou-se porém
que dentro de um povo escravo
alguém que lhe queria bem
um dia plantou um cravo.
Era a semente da esperança
feita de força e vontade
era ainda uma criança
mas já era a liberdade.
Era já uma promessa
era a força da razão
do coração à cabeça
da cabeça ao coração.
Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
Esses que tinham lutado
a defender um irmão
esses que tinham passado
o horror da solidão
esses que tinham jurado
sobre uma côdea de pão
ver o povo libertado
do terror da opressão.
Não tinham armas é certo
mas tinham toda a razão
quando um homem morre perto
tem de haver distanciação
uma pistola guardada
nas dobras da sua opção
uma bala disparada
contra a sua própria mão
e uma força perseguida
que na escolha do mais forte
faz com que a força da vida
seja maior do que a morte.
Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
Posta a semente do cravo
começou a floração
do capitão ao soldado
do soldado ao capitão.
Foi então que o povo armado
percebeu qual a razão
porque o povo despojado
lhe punha as armas na mão.
Pois também ele humilhado
em sua própria grandeza
era soldado forçado
contra a pátria portuguesa.
Era preso e exilado
e no seu próprio país
muitas vezes estrangulado
pelos generais senis.
Capitão que não comanda
não pode ficar calado
é o povo que lhe manda
ser capitão revoltado
é o povo que lhe diz
que não ceda e não hesite
– pode nascer um país
do ventre duma chaimite.
Porque a força bem empregue
contra a posição contrária
nunca oprime nem persegue
– é força revolucionária!
Foi então que Abril abriu
as portas da claridade
e a nossa gente invadiu
a sua própria cidade.
Disse a primeira palavra
na madrugada serena
um poeta que cantava
o povo é quem mais ordena.
E então por vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
desceram homens sem medo
marujos soldados «páras»
que não queriam o degredo
dum povo que se separa.
E chegaram à cidade
onde os monstros se acoitavam
era a hora da verdade
para as hienas que mandavam
a hora da claridade
para os sóis que despontavam
e a hora da vontade
para os homens que lutavam.
Em idas vindas esperas
encontros esquinas e praças
não se pouparam as feras
arrancaram-se as mordaças
e o povo saiu à rua
com sete pedras na mão
e uma pedra de lua
no lugar do coração.
Dizia soldado amigo
meu camarada e irmão
este povo está contigo
nascemos do mesmo chão
trazemos a mesma chama
temos a mesma ração
dormimos na mesma cama
comendo do mesmo pão.
Camarada e meu amigo
soldadinho ou capitão
este povo está contigo
a malta dá-te razão.
Foi esta força sem tiros
de antes quebrar que torcer
esta ausência de suspiros
esta fúria de viver
este mar de vozes livres
sempre a crescer a crescer
que das espingardas fez livros
para aprendermos a ler
que dos canhões fez enxadas
para lavrarmos a terra
e das balas disparadas
apenas o fim da guerra.
Foi esta força viril
de antes quebrar que torcer
que em vinte e cinco de Abril
fez Portugal renascer.
E em Lisboa capital
dos novos mestres de Aviz
o povo de Portugal
deu o poder a quem quis.
Mesmo que tenha passado
às vezes por mãos estranhas
o poder que ali foi dado
saiu das nossas entranhas.
Saiu das vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
onde um povo se curvava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe.
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu.
Essas portas que em Caxias
se escancararam de vez
essas janelas vazias
que se encheram outra vez
e essas celas tão frias
tão cheias de sordidez
que espreitavam como espias
todo o povo português.
Agora que já floriu
a esperança na nossa terra
as portas que Abril abriu
nunca mais ninguém as cerra.
Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo do mês de Junho.
Quando o povo desfilou
nas ruas em procissão
de novo se processou
a própria revolução.
Mas eram olhos as balas
abraços punhais e lanças
enamoradas as alas
dos soldados e crianças.
E o grito que foi ouvido
tantas vezes repetido
dizia que o povo unido
jamais seria vencido.
Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo do mês de Junho.
E então operários mineiros
pescadores e ganhões
marçanos e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
souberam que o seu dinheiro
era presa dos patrões.
A seu lado também estavam
jornalistas que escreviam
actores que se desdobravam
cientistas que aprendiam
poetas que estrebuchavam
cantores que não se vendiam
mas enquanto estes lutavam
é certo que não sentiam
a fome com que apertavam
os cintos dos que os ouviam.
Porém cantar é ternura
escrever constrói liberdade
e não há coisa mais pura
do que dizer a verdade.
E uns e outros irmanados
na mesma luta de ideais
ambos sectores explorados
ficaram partes iguais.
Entanto não descansavam
entre pragas e perjúrios
agulhas que se espetavam
silêncios boatos murmúrios
risinhos que se calavam
palácios contra tugúrios
fortunas que levantavam
promessas de maus augúrios
os que em vida se enterravam
por serem falsos e espúrios
maiorais da minoria
que diziam silenciosa
e que em silêncio fazia
a coisa mais horrorosa:
minar como um sinapismo
e com ordenados régios
o alvor do socialismo
e o fim dos privilégios.
Foi então se bem vos lembro
que sucedeu a vindima
quando pisámos Setembro
a verdade veio acima.
E foi um mosto tão forte
que sabia tanto a Abril
que nem o medo da morte
nos fez voltar ao redil.
Ali ficámos de pé
juntos soldados e povo
para mostrarmos como é
que se faz um país novo.
Ali dissemos não passa!
E a reacção não passou.
Quem já viveu a desgraça
odeia a quem desgraçou.
Foi a força do Outono
mais forte que a Primavera
que trouxe os homens sem dono
de que o povo estava à espera.
Foi a força dos mineiros
pescadores e ganhões
operários e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
que deu o poder cimeiro
a quem não queria patrões.
Desde esse dia em que todos
nós repartimos o pão
é que acabaram os bodos
— cumpriu-se a revolução.
Porém em quintas vivendas
palácios e palacetes
os generais com prebendas
caciques e cacetetes
os que montavam cavalos
para caçarem veados
os que davam dois estalos
na cara dos empregados
os que tinham bons amigos
no consórcio dos sabões
e coçavam os umbigos
como quem coça os galões
os generais subalternos
que aceitavam os patrões
os generais inimigos
os generais garanhões
teciam teias de aranha
e eram mais camaleões
que a lombriga que se amanha
com os próprios cagalhões.
Com generais desta apanha
já não há revoluções.
Por isso o onze de Março
foi um baile de Tartufos
uma alternância de terços
entre ricaços e bufos.
E tivemos de pagar
com o sangue de um soldado
o preço de já não estar
Portugal suicidado.
Fugiram como cobardes
e para terras de Espanha
os que faziam alardes
dos combates em campanha.
E aqui ficaram de pé
capitães de pedra e cal
os homens que na Guiné
aprenderam Portugal.
Os tais homens que sentiram
que um animal racional
opõe àqueles que o firam
consciência nacional.
Os tais homens que souberam
fazer a revolução
porque na guerra entenderam
o que era a libertação.
Os que viram claramente
e com os cinco sentidos
morrer tanta tanta gente
que todos ficaram vivos.
Os tais homens feitos de aço
temperado com a tristeza
que envolveram num abraço
toda a história portuguesa.
Essa história tão bonita
e depois tão maltratada
por quem herdou a desdita
da história colonizada.
Dai ao povo o que é do povo
pois o mar não tem patrões.
– Não havia estado novo
nos poemas de Camões!
Havia sim a lonjura
e uma vela desfraldada
para levar a ternura
à distância imaginada.
Foi este lado da história
que os capitães descobriram
que ficará na memória
das naus que de Abril partiram
das naves que transportaram
o nosso abraço profundo
aos povos que agora deram
novos países ao mundo.
Por saberem como é
ficaram de pedra e cal
capitães que na Guiné
descobriram Portugal.
E em sua pátria fizeram
o que deviam fazer:
ao seu povo devolveram
o que o povo tinha a haver:
Bancos seguros petróleos
que ficarão a render
ao invés dos monopólios
para o trabalho crescer.
Guindastes portos navios
e outras coisas para erguer
antenas centrais e fios
dum país que vai nascer.
Mesmo que seja com frio
é preciso é aquecer
pensar que somos um rio
que vai dar onde quiser
pensar que somos um mar
que nunca mais tem fronteiras
e havemos de navegar
de muitíssimas maneiras.
No Minho com pés de linho
no Alentejo com pão
no Ribatejo com vinho
na Beira com requeijão
e trocando agora as voltas
ao vira da produção
no Alentejo bolotas
no Algarve maçapão
vindimas no Alto Douro
tomates em Azeitão
azeite da cor do ouro
que é verde ao pé do Fundão
e fica amarelo puro
nos campos do Baleizão.
Quando a terra for do povo
o povo deita-lhe a mão!
É isto a reforma agrária
em sua própria expressão:
a maneira mais primária
de que nós temos um quinhão
da semente proletária
da nossa revolução.
Quem a fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
um menino que sorriu
uma porta que se abrisse
um fruto que se expandiu
um pão que se repartisse
um capitão que seguiu
o que a história lhe predisse
e entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo que levantava
sobre um rio de pobreza
a bandeira em que ondulava
a sua própria grandeza!
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
e só nos faltava agora
que este Abril não se cumprisse.
Só nos faltava que os cães
viessem ferrar o dente
na carne dos capitães
que se arriscaram na frente.
Na frente de todos nós
povo soberano e total
que ao mesmo tempo é a voz
e o braço de Portugal.
Ouvi banqueiros fascistas
agiotas do lazer
latifundiários machistas
balofos verbos de encher
e outras coisas em istas
que não cabe dizer aqui
que aos capitães progressistas
o povo deu o poder!
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe!
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu!
Ary dos Santos (Poeta português, 1937-1984)
sexta-feira, 24 de abril de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Vale a pena pensar nisto...
Apesar de já ter passado do dia 22...
Vocês sabem como gosto do tema VERDE, então aqui vão umas palavrinhas para reflectir:
Vivemos numa casa global, o nosso tecto não são apenas as paredes da nossa casa, é o ar que respiramos. É a terra e toda a sua biodiversidade.
Acredito que tudo o que existe na terra tem uma razão de ser, desde a mais pequena erva daninha, à espécie não humana que possa parecer insignificante aos olhos de alguns, ao ser humano. Todos existem pois ajudam a encontrar o equilibrio do ecossitema.Como tal vivemos todos em total interdependência. A estinção de algumas espécies hoje poderá acarretar graves problemas no futuro porque hoje nós estamos a sofrer a consequência dos erros que se fizeram no passado.
Pensar na Terra hoje e desenvolver esforços para a sua protecção é pensar nas gerações vindouras.
Vá lá meninas não custa nada ajudar, vão a http://www.earth-condominium.com/pt/ e assinem a Declaração de Gaia um doc Constitutivo do Condomínio da Terra, um movimento global de cidadãos e instituições de todo o planeta que preconiza a Gestão Global da Sua Casa Comum.
Aqui e Agora
Amanhã na SIC ás 21 h o Aqui e Agora debate-se sobre os Direitos dos Animais. Em estúdio, estarão presentes Miguel Moutinho, Presidente da ANIMAL (a Associação que estou a estudar), Nuno Paixão, médico veterinário, Victor Hugo Cardinali, domador e director do Circo Victor Hugo Cardinali, e João Palha Ribeiro Telles, cavaleiro tauromáquico, que debaterão as diversas questões que se levantarão. (Aqui entre nós, com este leque de convidados vai ser bonito vai, a ver pelos comentários acesos que já vão no fórum...http://sic.aeiou.pt/ProgramasInformacao/Templates/Article.aspx?NRMODE=Published&NRNODEGUID={ECC76B36-B078-4F1E-9D60-1906A39B2D71}&NRORIGINALURL=/online/noticias/programas/aquieagora/Artigos/Direitos+dos+Animais.htm&NRCACHEHINT=Guest&page=4
Acho que o Rodrigo Guedes de Carvalho vai ter muito trabalho em moderar. Bem se quiserem ver e ouvirem ele ler algum comentário de alguma menina chamada S...P... de E... já sabem de quem é. Lol
Acho que o Rodrigo Guedes de Carvalho vai ter muito trabalho em moderar. Bem se quiserem ver e ouvirem ele ler algum comentário de alguma menina chamada S...P... de E... já sabem de quem é. Lol
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Suricatas
O seu nome significa "gato-das-pedras" em suali. Estes animais são exclusivamente diurnos e vivem em colónias de até 40 indivíduos, que constroem um complicado sistema de túneis no subsolo, onde permanecem durante a noite.
Dentro do grupo, os animais revezam-se nas tarefas de vigia e proteção das crias da comunidade. O sistema social dos suricatas é complexo e inclui uma linguagem própria que parece indicar, por exemplo, o tipo de um predador que se aproxima. Estudos mostram que os suricatas são capazes de ensinar ativamente suas crias a caçarem, um método semelhante à capacidade humana de ensinar.
Fonte: wiki
Suricatas são porreiros. Feínhos mas organizados. Simpatizo :)
Timon!!!!!!!!!!
Timon!!!!!!!!!!
My Dears...
o teste passou-se não foi grande coisa. pela primeira vez na vida (se não foi primeira foi das poucas vezes), acabei antes do tempo terminar, acho que não é bom sinal, porque poucas vezes me faltam as palavras. hoje passei no sítio do quasi-assalto e, parecendo que não, o coração pula-pula, os olhos procuram aquele rosto mas estão no modo de: olhar mas não ver. sigo em frente mas quando sinto passos atrás de mim...grrrrh...
de manhã está frio levo casaco, de tarde está calor e eu sem saber que fazer ao casaco...Rasparta os meios termos...que esteja frio ou calor.
...e assim foi hoje!
de manhã está frio levo casaco, de tarde está calor e eu sem saber que fazer ao casaco...Rasparta os meios termos...que esteja frio ou calor.
...e assim foi hoje!
Pessoa normal vs Cigano
Pessoa normal: Chega ao centro de saúde, apresenta cartão único, tem de explicar porque é que já não tem o cartão de utente antigo, leva com o mau humor do empregado porque o sistema ainda não está preparado para o cartão único, paga 3.60€ e espera no mínimo 20 minutos para ser atendido.
Cigano: Chega ao centro de saúde, apresenta cartão de utente caducado, não paga é e logo atendido.
Presenciado pela minha pessoa hoje, às 13.30h no centro de saúde local!
Mais um dia...
Bolas,começo a ficar cansada desta rotina... Levantar cedo,ginásio(às vezes),laboratório o dia inteiro e chegar a casa por volta das 20h :( ainda por cima pensar que ainda faltam pelo menos três meses de dias assim n me deixa muito animada...
Ao menos hoje vou variar um bocado,vou à Reboleira ver o jogo do FCP :)
beijos e um bom dia para todas
Ao menos hoje vou variar um bocado,vou à Reboleira ver o jogo do FCP :)
beijos e um bom dia para todas
terça-feira, 21 de abril de 2009
Adenda
...o meu mp4 funcionava na perfeição esta manhã, agora não se liga, não carrega, não reage, está morto, mortinho da silva.
...o rádio do telemóvel, que felizmente, ainda tenho, está uma merda.
Estou enfurecida, enraivecida, possuída pelo demo.
Rezem por mim.
...o rádio do telemóvel, que felizmente, ainda tenho, está uma merda.
Estou enfurecida, enraivecida, possuída pelo demo.
Rezem por mim.
Grrrrrrrrh
Tenho teste amanhã!!!!!!!!!!!!!
Odeio a faculdade...
(não sei se já vos tinha dito isto...)
Life is so unfair.
Odeio a faculdade...
(não sei se já vos tinha dito isto...)
Life is so unfair.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Ter amizade é uma coisa muito nobre, muito grande. Mas a amizade deve levar a ter actuações leais na vida, porque o amigo não pode ser um cúmplice. É-se cúmplice para cometer delitos, coisas vergonhosas. A amizade é para realizar, com outros, coisas boas boas a favor de outras pessoas. Se não, não é verdadeira amizade.
Josemaria Escrivá
domingo, 19 de abril de 2009
Votos para a semana
Que a Zebedu apareça.
Que a Skirty encontre as cartas motivadoras.
Que o reagente da Caro_li se consuma.
Que o dedo da Sarinha desinfecte, desinche, e normalize.
Que a Agaetis e a Vetinha tenham uma boa semana.
Que eu...faça um bom teste, e me passe esta maré de desalento.
Que a Skirty encontre as cartas motivadoras.
Que o reagente da Caro_li se consuma.
Que o dedo da Sarinha desinfecte, desinche, e normalize.
Que a Agaetis e a Vetinha tenham uma boa semana.
Que eu...faça um bom teste, e me passe esta maré de desalento.
sábado, 18 de abril de 2009
Quasi
E pronto, hoje foi quasi. Ia sendo assaltada. Eu topei, mas não fui esperta o suficiente para evitar totalmente. Fui seguida, topei, tentei despistar o tipo, recuei, parei, meti-me entre as pessoas, etc. Quando pensei que era seguro, porque o tinha visto afastar-se, o tipo aparece, agarra-me no braço, pede-me o telemóvel, eu tento aproximar-me de uma paragem do autocarro, consigo e digo: "Socorro!". O tipo desatou a correr, as pessoas na paragem (só velhinhos por sinal...), levantaram-se e vieram ter comigo, fiquei ali um bocadinho a recuperar o fôlego. Depois chega uma rapariga a dizer que viu e que também ela tinha sido seguida, ele já se tinha preparado para lhe tentar fazer o mesmo. Enfim, safei-me porque o badameco do assaltante era burro. Pior é que ele vai acabar por aprender...
7 (significado)
Pirâmide Cosmográfica Simbólica simboliza o UniversoO universo aparece associado ao 7.
7 corresponde aos sete dias da semana,
aos sete graus da perfeição,
às sete esferas ou estágios celestes,
aos sete ramos da árvore cósmica.
7 designa a totalidade das ordens planetárias e angélicas, da ordem moral, das energias,
Simboliza um ciclo completo, uma perfeição dinâmica.
Cada período lunar dura sete dias,
e os quatro períodos do ciclo lunar encerram o ciclo.
7 é o símbolo da totalidade do espaço e do tempo
7 é a chave do Apocalipse.
7 possui uma carga de ansiedade pelo facto de indicar a passagem do conhecido ao desconhecido, tendo-se cumprido um ciclo, desconhece-se qual será o seguinte;
7 indica o sentido de mudança após um ciclo completo conotada com uma renovação positiva.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Quero a minha mão de volta!
Como sabem, todos os invernos costumo ter frieiras. Mas tanto tempo?e como tenho o dedo?não é normal. Ontem passei-me e fui a uma urgência.
Conclusão:o que tenho desta vez é bem mais grave e nada de frieiras. Supostamente tenho uma inflamação na articulação do dedo. Espero melhorar brevemente pois eu não sou ninguém sem a minha mão direita normal. Não posso esforçar muito a mão...não devo desenhar nem pintar fitas. Uma tristeza para mim. Talvez também não deva vir aqui tantas vezes..
Beijinho
.gif)
Domestic violence - isn't it time someone called cut?
http://www.womensaid.org.uk/page.asp?section=0001000100100012§ionTitle=Cut+movie
Vídeozito de alerta contra a violência doméstica.
Porque o mundo deve ser um lugar um pacífico,
onde as pessoas se portem como pessoas.
Porque uma residência deve ser um lar,
onde as pessoas se sintam seguras.
Tenham um belíssimo dia :)
onde as pessoas se portem como pessoas.
Porque uma residência deve ser um lar,
onde as pessoas se sintam seguras.
Tenham um belíssimo dia :)
quinta-feira, 16 de abril de 2009
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Goods Nights,
Venho aqui comunicar que ando deprimida... As aulas começaram e com isso voltaram os planos de sessão, registos de sessão, relatórios até mais não e pior...este sábado de manhã vou trabalhar!!!
Eu que valorizo tanto as manhãs na camita vou perder mais uma aos sábados. Ah, e esqueci-me da minha caixinha de cartas mágica que uso sempre que as criancinhas se começam a aborrecerem casa de uma pessoa, ou seja, estou sem material. AHHHHH....!!!!!
Life is unfair...
That's the Man
Como decidiram colocar fotos de homens do tipo normal, trago-vos aqui uma verdadeira extravagância, um verdadeiro macho latino português!
Estavam a pedi-las meninas!ahah!só tenho um comentário a fazer:desde que vi isto nunca mais gostei de favas com chouriço!
Olá miúuudas :)
PESSOAL
Venho por este meio comunicar que a EDP, ontem à noite, boicotou o meu trabalho. A luz puff em Lisboa, mas foi só aqui no meu prédio, que eu ia à janela e esses bandidos dos vizinhos estavam todos iluminados. Grrr...Deviam estar todos quentinhos em casa, a ver TV, a ler, a aquecer coisas no microondas, tudo coisas que eu estava a tentar fazer...E, pronto, fui lavar os dentes à luz de vela, desisti de esperar e deitei-me na cama a praguejar com raiva, e eis que volvidos uns dez/quinze minutos...tcharan: luz is back. Então pronto, liguei o computador e fiz mais um bocado do trabalho até às 4h.
Pronto, hoje acordei a horas estupidamente escandalosas e fui para a fac, bah, ter aula com o prof chanfrado, mas isso é matéria para outro post. Agora vou pegar outra vez no trabalho...
Venho por este meio comunicar que a EDP, ontem à noite, boicotou o meu trabalho. A luz puff em Lisboa, mas foi só aqui no meu prédio, que eu ia à janela e esses bandidos dos vizinhos estavam todos iluminados. Grrr...Deviam estar todos quentinhos em casa, a ver TV, a ler, a aquecer coisas no microondas, tudo coisas que eu estava a tentar fazer...E, pronto, fui lavar os dentes à luz de vela, desisti de esperar e deitei-me na cama a praguejar com raiva, e eis que volvidos uns dez/quinze minutos...tcharan: luz is back. Então pronto, liguei o computador e fiz mais um bocado do trabalho até às 4h.
Pronto, hoje acordei a horas estupidamente escandalosas e fui para a fac, bah, ter aula com o prof chanfrado, mas isso é matéria para outro post. Agora vou pegar outra vez no trabalho...
terça-feira, 14 de abril de 2009
E porque esta 3ª feira, está mais p'ra 2ª feira,e 2ª feira..há que arrebitar o ânimo
Ei-lo. O Grandioso um pouco maióooooooor!!! (Chocolat, Sparrow, drugs dealer, hippie, chic, falta o Willy Wonka :p). Pronto, é isto, eu prometo às outras 5 que isto não vai ser padrão...não se assustem, foto-Deep só moderamente :)Eu ainda estou às voltas com trabalho. :s
i´m so sad and lonely...
BAH
odeio a fac...
odeio a fac...
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Pascúlea..e dura...!!!
Bem, por muito que me custe (e custa!) fazer um post por cima do Deep, venho informar que a minha Páscoa continuou no dia de hoje. Almocei com a famelga, comi muito muito muito. (As crianças não gostam muito de mim, definitivamente não tenho lá muito jeito p'ra miúdos...mas fartei-me de brincar com o T.)
:)
...e pronto, não adiantei népia do trabalho estou a ficar com a corda ao pescoço. Eu sou uma incompetente...e as aulas começam amanhã. Estou infeliz. E vou fazer um pouco mais do trabalho :s
:)
...e pronto, não adiantei népia do trabalho estou a ficar com a corda ao pescoço. Eu sou uma incompetente...e as aulas começam amanhã. Estou infeliz. E vou fazer um pouco mais do trabalho :s
Isto é o que dá ver filmes na tv num domingo à tarde...
Já que isto é um blog em que as palavras de ordem são LIBERDADE, CRIATIVIDADE, BOM HUMOR E PARTILHA...
... e como sei que pelo menos mais uma d' "as 7" é igualmente fã nº 1 deste espécime...
... ficam aqui umas fotitas do Johnny :)
Post Scriptum - As fotos falam por si, né Paty? ;P
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